O transtorno de pânico (TP) é um transtorno de ansiedade que causa ataques de pânico repetidos e inesperados, causando bastante sofrimento para quem o experencia. Muitos tratamentos veem buscando a redução dessa sintomatologia. Hoje, a espectroscopia de infravermelho próximo (NIRS) têm sido bastante utilizada para medir alterações cerebrais (especialmente no pré-frontal) com pessoas com esse diagnóstico, como também, apoiar futuras intervenções.
O transtorno de pânico (TP) é um transtorno de ansiedade que tem como principais sintomas: palpitações, coração acelerado, taquicardia; sudorese; tremores ou abalos; sensações de falta de ar ou sufocamento; sensações de asfixia; dor ou desconforto torácico; náuseas ou desconforto abdominal; sensação de tontura, irritabilidade, vertigem ou desmaio; calafrios ou ondas de calor; parestesias (anestesias ou sensações de formigamento); desrealização (sensação de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distante de si mesmo); medo de perder o controle ou enlouquecer; medo de morrer. Além disso, as pessoas com TP frequentemente antecipam e se preocupam com outro ataque, evitando lugares onde tenham entrado em pânico anteriormente. Ou seja, é perceptível o sofrimento e prejuizo na qualidade de vida das pessoas que tem TP!!!
Alguns estudos relataram que além de prejuízos emocionais, pessoas com essa condição também são afetadas em diferentes domínios cognitivos. Alguns dos tratamentos mais utilizados para essa condição é através do uso de fármacos e da terapia cognitivo-comportamental com psicólogo. Porém, o reconhecimento de alterações e regiões cerebrais envolvidas com o TP têm sido alvo de bastante interesse na comunidade científica.
Outros estudos envolvendo imageneamento cerebral, EEG, alterações de neurotransmissores, etc. reconheceram alterações na região límbica, amigdala, hipocampo, lobo temporal e lobo frontal em pessoas com essa condição. Alguns estudos utilizando NIRS detectaram que alterações no córtex pré-frontal inferior esquerdo foram significativamente associadas à frequência de ataques de pânico. Ou seja, essa área parece estar bastante envolvida nas crises de pânico.
O NIRS possui algumas vantagens sobre outras metodologia, pois, é pequeno, portátil e tem alta resolução de tempo de medição. Além disso, os sujeitos podem realizar outras atividades enquanto fazem as medições, diferentemente de outros métodos, possibilitando uma posição mais confortável para o participante. Com isso, espera-se que esse recurso diminua a resistência dos pacientes aos tratamentos, além de auxiliar pesquisas e intervenções para TP!
Referências
DRESLER, Thomas et al. Panic disorder and a possible treatment approach by means of high-frequency rTMS: a case report. The World Journal of Biological Psychiatry, v. 10, n. 4-3, p. 991-997, 2009.
GORMAN, Jack M. et al. Neuroanatomical hypothesis of panic disorder, revised. American Journal of Psychiatry, v. 157, n. 4, p. 493-505, 2000.
NISHIMURA, Yukika et al. Relationship between the prefrontal function during a cognitive task and the severity of the symptoms in patients with panic disorder: a multi-channel NIRS study. Psychiatry Research: Neuroimaging, v. 172, n. 2, p. 168-172, 2009.
The content published here is the exclusive responsibility of the authors.