Comprar faz parte do cotidiano das pessoas. No contexto de consumo – de recursos, de produtos, e serviços, de tecnologia – a quantidade de informação que recebemos a todo o momento, por diferentes canais de comunicação, nunca foi tão grande. Com tantas informações e opções de produtos e/ou serviços, a competição pela atenção do comprador é muito acirrada. Neste blog vamos ver como o Neuromarketing nos ajuda decifrar o consumidor.
Com o avanço da tecnologia e em busca do melhor entendimento de mercado, surgiu a necessidade de melhor compreensão sobre o comportamento dos consumidores, o que ativa um pensamento, uma emoção ou ação que faz com que ele compre ou reconheça seu produto/marca. A união entre a neurociência, estudos de consumo, comportamento social e o marketing deram origem ao neuromarketing. Assim, o neuromarketing contribui para o entendimento da lógica do consumo, o que pensamos, sentimos e desejamos em nosso subconsciente que influencia o consciente a tomar decisões de compra.
De uma forma mais completa, podemos dizer que o Neuromarketing é uma disciplina de investigação que estuda o consumidor baseando-se no sistema “cérebro e mente”. Seu objetivo é obter dados e informações relevantes sobre os processos e as variáveis mentais que possam explicar melhor as expectativas, as preferências, as motivações e os comportamentos das pessoas em relação ao consumo, e que possam contribuir para melhorar as estratégias de marketing das empresas. Sua vantagem está em descobrir que sentimentos são despertados em relação às campanhas publicitárias.
Ele se baseia no conhecimento que existe sobre os sentidos, que recebem por volta de “milhões de informações por segundo” e “a maior parte das funções desempenhadas pelo nosso cérebro dia e noite está abaixo do limiar da nossa percepção consciente”. E, para monitorar as atividades cerebrais, são utilizados equipamentos sofisticados que captam seus estímulos, como o eletroencefalograma (EEG), a ressonância magnética funcional (fMRI) o eye tracking.
Dos cinco sentidos, apenas dois são altamente utilizados pelo marketing (visão e audição), sendo a visão o sentido mais explorado. O contato visual é importante uma vez que somos uma espécie social e o que vemos, com empatia ou não, chama atenção do nosso cérebro, as imagens de prazer e recompensa ativam áreas do cérebro ligadas à recompensa e quando isso acontece, a decisão de compra fica mais fácil de ser tomada.
Isso mostra o quanto ainda se tem o que explorar. A sinergia entre os sentidos deveria ser a meta das empresas, pois utilizando apenas dois dos cinco sentidos, elas estão perdendo oportunidades de reconhecimento de marca e venda. Segundo uma pesquisa da NeuroFocus, agência de estudos de neuromarketing dirigida por Pradeep (2012), 95% das decisões dos compradores são tomadas no nível subconsciente e o que desencadeia o cérebro a tomar tais decisões pode ser ativado por qualquer um dos cinco sentidos do corpo, isto é, visão, olfato, tato, audição e paladar. Além disso, sabemos que 80% das impressões que formamos quando nos comunicamos com outras pessoas são não verbais, ou seja, são sensoriais.
Referências
CAVACO, A. Nanci. Consumismo é coisa da sua cabeça: O Poder do Neuromarketing. Rio de Janeiro: Ed. Ferreira, 2010.
PRADEEP, A.K. O Cérebro Consumista. Rio de Janeiro: Ed. Cultrix, 2012.
REDIVO, Cristiane; GOUVEIA, Tânia Almeida. O USO DO NEUROMARKETING PARA DECIFRAR O CONSUMIDOR. Revista Aproximando, v. 4, n. 5, 2018.
The content published here is the exclusive responsibility of the authors.