Pois é, neste blog de hoje vamos ver como essa tecnologia está se desenvolvendo e quais são as suas contribuições no campo médico e no entretenimento?
O neurogame é uma área de estudo que aplica os conhecimentos da neurociência no mundo dos games. Mais precisamente, utiliza a tecnologia da Interface Cérebro Máquina (ICM) para controlar jogos utilizando apenas a atividade elétrica cerebral. O registro neurofisiológico é feito de forma não invasiva utilizando eletrodos posicionados no couro cabeludo, essa técnica é conhecida como eletroencefalograma (EEG).
O primeiro game utilizando a ICM surgiu em 2005, foi o “Brain Age Nitendo”, logo após outros games foram lançados no mercado. O NeuroRace foi um dos primeiros jogos que tinha como objetivo melhorar a capacidade cognitiva. Estudos posteriores mostraram que os jogos controlados pelo cérebro poderia aumentar a capacidade cognitiva e memória de trabalho.
Vale a pena salientar que o neurogame não tem aplicação somente no entretenimento, suas aplicações médicas são inúmeras, podendo contribuir para o diagnóstico, tratamento e reabilitação de patologias neurológicas. Jogos tem sido desenvolvido com o intuito de auxiliar no tratamento do Parkinson, Alzheimer, lesão medular espinal, transtorno de hiperatividade, déficits de atenção, entre outros.
Os jogos também podem ser apresentados em uma plataforma de realidade virtual, garantido maior imersão e interatividade. Para tanto, paradigmas de ICM podem ser utilizados para controlar o ambiente, os objetos e ou avatares. Entre eles, a imagética motora tem sido cada vez mais requisitada. Ela consiste no registro do ritmo sensoriomotor que está associado às ondas de sincronização (Event Related Desynchronization) e as ondas de sincronização (Event Related Synchronization) relacionadas a uma tarefa motora. A imagética motora consiste em apenas imaginar o movimento das mãos ou dos pés. Em seguida, esses sinal é registrado, amplificado, decodificado e classificado para realizar tarefas específicas no jogo.
Dessa maneira, por meio do neurogaming é possível avaliar em tempo real como o ambiente imersivo está interagindo e modificando a atividade cerebral. Podendo ser um recurso terapêutico para muitas patologias associadas ao sistema nervoso.
Referências:
Berka, C.,Pojman, N.,Trejo, J., Coyne, J., Cole, A. Merging Cognitive Neuroscience & Virtual Simulation in an Interactive Training Platform
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