Fake News vindas da internet ou vindas de um amplo espectro de crenças, cultura, religião, a própria instituição familiar e o que acreditamos sobre a morte acabam sendo a mesma ferramenta, só que, sendo usada em contextos diferentes, mas, a finalidade acaba sendo a mesma – enganar nosso cérebro moldar nossos comportamentos, e, muitas vezes, limitar a nossa forma de pensar. Para exemplificar o exposto, estudos de neurociência demonstram que nosso cérebro apresenta uma tendência em propagar Fake News. As explicações para isso muitas vezes são motivadas em crenças pessoais. Ou seja, os processos cognitivos das pessoas tem a tendência de acreditar no que entra em consenso com nossa visão de mundo. Dessa forma, seria uma forma “preguiçosa” do cérebro se comportar e se proteger, afinal, é bem mais fácil acreditar e propagar aquilo que já é apoiado por nossas crenças e ideologias não é mesmo?
No contexto de redes sociais, é interessante desmistificar a ideia de Fake News associadas a mentiras, na verdade, elas podem ser consideradas uma espécie de “pseudoverdades”. Ou seja, unir informações utilizadas em contextos diferentes e criar meias verdades com a função de influenciar a opinião dos outros, produzindo, muitas vezes, um discurso de ódio nas pessoas: PESSOAS CONTRA PESSOAS, PESSOAS CONTRA O ESTADO... causando a separação da nação. A nível individual, quando modulamos nosso cérebro a agir dessa maneira influenciada pelas Fake News, é como se estivéssemos impedindo esse cérebro de funcionar por completo, ou seja, recrutando menos áreas para seu funcionamento (Blocked). Dessa forma, ELAS INFLUÊNCIAM TANTO NO CONTEXTO COLETIVO COMO INDIVIDUAL!
Como já dizia Benedetto Croce:
“A cultura histórica tem o objetivo de manter viva a consciência que a sociedade humana tem do próprio passado, ou melhor, do seu presente, ou melhor, de si mesma.”
Então,
Referências
LIV, Nadine; GREENBAUM, Dov. Deep Fakes and Memory Malleability: False Memories in the Service of Fake News. AJOB neuroscience, v. 11, n. 2, p. 96-104, 2020.
MURPHY, Gillian et al. False Memories for Fake News During Ireland’s Abortion Referendum. Psychological science, v. 30, n. 10, p. 1449-1459, 2019.
PENNYCOOK, Gordon; RAND, David G. Lazy, not biased: Susceptibility to partisan fake news is better explained by lack of reasoning than by motivated reasoning. Cognition, v. 188, p. 39-50, 2019.
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