Mesmo sendo bastante estudado a fisiopatologia do TDAH permanece pouco conhecida, e, por isso, seu diagnóstico ainda é feito muitas vezes através de escalas de avaliação comportamental. Pensando em facilitar esses diagnósticos, alguns estudos têm tentado encontrar biomarcadores potenciais definindo os correlatos neurais do TDAH com sinais de eletroencefalografia (EEG), que fornecem dados neurobiológicos objetivos relacionados aos sintomas.
A ideia é encontrar um tipo de "padrão" no EEG das pessoas com TDAH, para então facilitar o diagnóstico e as intervenções. Entretanto, a heterogeneidade no TDAH, que exibe variações em fatores etiológicos, comorbidades psiquiátricas e / ou resposta ao tratamento também se apresenta nos dados de EEG.
Dessa forma, alguns estudos investigaram a heterogeneidade nas medidas de EEG em individuos com TDAH. Es estudo, por exemplo encontrou quatro grupos de EEG em uma amostra de TDAH clinicamente referida. Como o EEG é uma ferramenta de neuroimagem informativa, um grande número de métodos de processamento de sinal pode ser aplicado para extrair várias características dele. Os classificadores para identificar o TDAH podem ser menos afetados pela heterogeneidade. Porém, embora não totalmente conclusivos, esses estudos já demonstram que essa ferramenta (EEG) tem potencial de se tornar um método diagnóstico do TDAH, e, assim, facilitar a vida dessas pessoas!!!
Referências
CHEN, He et al. EEG characteristics of children with attention-deficit/hyperactivity disorder. Neuroscience, v. 406, p. 444-456, 2019.
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