A esquizofrenia é um transtorno psicótico definido por anormalidades em um ou mais dos seguintes domínios: alucinações, delírios, pensamentos desorganizados, sintomas negativos e comportamento motor amplamente desorganizado ou anormal.
A esquizofrenia causa intenso sofrimento a quem convive e quem tem o diagnóstico. Os tratamentos farmacológicos atuais operam com o mesmo mecanismo, o bloqueio do receptor D2 da dopamina, que contribui para seus efeitos adversos. No entanto, os mecanismos de circuito neurais identificam novos alvos de tratamento em potencial que podem ser de benefício particulares em domínios de sintomas que os medicamentos existentes não alcançam, para isso, utilizam exames como o de EEG, para verificar atividade cerebral desses pacientes.
Em estudos de EEG, pacientes esquizofrênicos apresentaram um aumento da atividade rápida, e esse aumento foi deixado de lado para a frequência beta rápida. A frequência alfa foi reduzida (<10,2 Hz) em 7 de 16 pacientes esquizofrênicos. Além disso, aqueles pacientes com uma redução da frequência alfa tinham um tamanho ventricular cerebral médio significativamente maior. Esses resultados indicam que o EEC detecta mudanças neurofisiológicas na esquizofrenia.
Referências
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