Que os seres humanos são diferentes todos nós já sabemos. Ninguém é perfeito em nada, ninguém nasce sabendo, ninguém está imune a alguma deficiência. Mas, uma opinião pessoal, TODOS devem ter direito a educação e não é o que acontece no país e no mundo. Mesmo que ainda seja falho, existem diversas políticas que visam a inclusão de crianças com deficiências, falta de recursos, dificuldade de aprendizado. Entretanto, existem crianças que possuem uma diferença que as pessoas acreditam que sejam um privilégio: os superdotados. Será que essas crianças não possuem dificuldades na escola?
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Crianças que se destacam por inteligência superior são aquelas que possuem um QI elevado e possibilidade de apresentarem altas habilidades. Entretanto, essas pessoas podem não ter a chance de desenvolver o cérebro por diversos fatores como, por exemplo, não ter cuidadores e professores preparados para auxiliar em sua educação. Por não entenderem o funcionamento do cérebro das crianças superdotadas e por acreditarem que elas apenas aprendem fácil, as escolas não dão a devida importância para projetos que podem atender as atividades específicas desses alunos, que também aprendem de uma forma diferente.
Desde a infância, pelo talento não ser reconhecido pelo sistema educacional [1], as crianças podem vir a apresentarem características como tédio ou até se oporem a opinião do professor e, com esse comportamento, muitos acabam até sendo expulsos do sistema educacional. Peculiar, né? Pois as escolas estão desatualizadas no sistema tradicional de educação e, para não saírem da zona de conforto, não visam atender as necessidades dos seus diferentes alunos. A sociedade não pode se dar ao luxo de simplesmente ignorar as pessoas mais superdotadas pois isso vai refletir seriamente no desenvolvimento do seu talento [2].
A superdotação está associada com interação entre a pessoa, a área particular de trabalho e o meio em que ela vive [3] e existem diversos tipos de inteligência[2], sendo elas:
Conseguir diagnosticar essas crianças é um passo importante para oferecer um projeto voltado para o desenvolvimento de capacidades que envolve tanto a educação como práticas especializadas. Existem programas específicos para essas crianças para que consigam atender o seu potencial visto que elas precisam de apoio e intermediação de profissionais preparados para direcionar o desenvolvimento. A neuroeducação se baseia nisso, educar de forma adaptativa e considerando as particularidades dos indivíduos.
Fonte: Asperger e autismo no Brasil
E nós, pensando em sociedade, devemos nos conscientizar que essas crianças precisam de ajuda e orientação. Não é porque possuem uma inteligência maior que são autossuficientes. A falta de um apoio pode gerar frustração, ansiedade, falta de motivação e até levar essas crianças para criminalidade, quando excluídas do sistema de ensino. Todos precisam de uma educação direcionada para o desenvolvimento e a sociedade deve ter a responsabilidade de disseminar essa cultura da neuroeducação
Referências
[1] MARESCHAL, Dennis; BUTTERWORTH, Brian; TOLMIE, Andy. Educational Neuroscience.United Kingdom : Wiley Blackwell, 2013
[2] MOREIRA, Laura Ceretta (comp.). Altas Habilidades/Superdotação, Talento, Dotação e Educação. 1. ed. Curitiba: Juruá Editora, 2012
[3] Revista Educar FCE - 24 ª EDIÇÃO - NOVEMBRO/ - 2019
[4] Glat, R., Pletsch, M. D., & Souza, R. F. (2007). Educação inclusiva & educação especial: propostas que se complementam no contexto da escola aberta à diversidade. Educação, 32
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