Uma pesquisadora inglesa chamada Gina Rippon mostra no seu novo livro como teses só reforçam estereótipos e desigualdade de gênero!!!
Fonte: Plena mulher (2017)
Seu livro foi principalmente inspirado em uma manchete lançada 2013 do jornal “Daily Mail”: “Cérebro de homens e mulheres: a verdade!”. A edição trazia uma reportagem de um estudo realizado nos EUA, na Universidade da Pensilvânia, que provaria, em definitivo, que o cérebro feminino era mais intuitivo e emocionalmente inteligente do que o cérebro masculino, que teria como características ser mais lógico e ter um senso espacial e de coordenação mais apurado.
Foi exatamente em cima desse tipo de notícias de que há distinção entre os cérebros masculinos e femininos que a pesquisadora se baseou para seu livro “Gênero e os nossos cérebros: como a neurociência acabou com o mito de um cérebro feminino ou masculino”. De forma leve e bem humorada, mas sem perder o rigor científico, a pesquisadora traça um histórico dos estudos na área, aponta comprovações de que o cérebro é plástico, e até mesmo mostra a influência dos brinquedos na mente dos bebês.
Para ela, esse tipo de pesquisa que diferencia cérebros partem de premissas reducionistas e estereotipadas, e que o neurossexismo ajuda a reforçar as desigualdades de gênero. Rippon afirma que O MUNDO VAI MELHORAR QUANDO ISSO FOR IRRELEVANTE!!! Gina deixa claro que até existem diferenças cerebrais entre os sexos em alguns níveis elementares, mas são pequenas demais e não justificam essas afirmações.
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